Por que os consumidores ainda desconfiam da Black Friday e como isso pode mudar?

Expectativa é que as vendas subam 27% este ano

Da Redação


Bastante popular nos Estados Unidos, onde surgiu, a Black Friday ainda é vista com desconfiança no Brasil. Porém, isso está perdendo força, o que faz com que a expectativa com relação ao evento comercial tenha melhorado.

Entenda por que o dia de ofertas pode se popularizar este ano aqui e como fazer para aproveitar as melhores promoções!

Como começou a desconfiança com relação à Black Friday?

Enquanto nos Estados Unidos a Black Friday sempre foi associada a descontos extraordinários, aqui, a data chegou tímida. Por medo de que o evento prejudicasse as compras de dezembro, muitos comerciantes não deram descontos tão surpreendentes.

Consequentemente, quem estava aguardando olhou para os preços com desconfiança. Houve ainda quem aumentasse os preços perto da parte para que simular um desconto que não existia. Um televisão de R$ 2 mil, por exemplo, passava a custar R$ 2.400 em outubro e na Black Friday era anunciada por R$ 1.900. Em vez de R$ 500 de desconto, na verdade, a economia era de apenas R$ 100.

Além disso, golpistas aproveitaram a data para anunciar produtos que não existem, se aproveitando do desejo dos brasileiros de comprar barato. Tudo isso fez com que muitos chamasse a data de Black Fraude - um dia para ser ignorado, já que não apresentava vantagens.

De acordo com esta pesquisa do Reclame Aqui de 2019, 57% dos consumidores confiavam parcial ou totalmente no evento. No ano passado, 70% afirmou que iria comprar algo na Black Friday.

A positividade também foi refletida no número das vendas. O evento movimentou R$ 3,2 bilhões em 2019 somente nas lojas on-line, um aumento de 23,6% com relação ao período de 2018.

 

Qual é a expectativa para a Black Friday de 2020?

As expectativas são altas para o comércio on-line durante a Black Friday. Como as aglomerações nas lojas ainda não são recomendadas, por causa da pandemia, é provável que as compras digitais continuem atraindo os consumidores.

De acordo com o levantamento da Ebit Nielsen, as vendas virtuais cresceram aumentaram 47% no primeiro semestre de 2020, um recorde em duas décadas. Vale notar ainda que, segundo descobriu o InfoMoney, as vendas foram impulsionadas principalmente por quem não tinha o hábito de comprar pela internet.

Diante disso, a expectativa, para a Ebit Nielsen, é que este ano as compras cresçam 27%. Caso se confirmem os números positivos, a Black Friday entrará mais uma vez para a história.

Apesar do entusiasmo dos lojistas, é importante que os consumidores mantenham a atenção na hora de comprar. Ainda que as boas ofertas tenham aumentado, continue existindo pessoas más intencionadas que dão descontos maquiados e que vendem produtos que não entregam.

O ideal, por isso, é verificar os preços apenas nos sites das empresas ou especializados na divulgação de promoções. O Kimbino é um exemplo, pois disponibiliza ofertas de diversos mercado, como Carrefour, Dia, Extra, Atacadão e muitas outras redes varejistas. No caso da Black Friday do Carrefour, é possível encontrar seleção de eletroportáteis a partir de R$ 199,90, pneus por R$ 269, bicicleta ergométrica por R$ 399 e muito mais. Esses folhetos e catálogos são oficiais das empresas, ou seja, os preços anunciados são os mesmos que o consumidor encontra no mercado.

Além dessa medida, para evitar que o evento se torne Black Fraude, é importante tomar uma série de cuidados. Confira os principais:

  • analisar se o site em que deseja comprar é seguro - se possui o símbolo de cadeado no URL, informações de contato, etc;
  • desconfiar de promoções muito grandes que sejam de comércios desconhecidos;
  • verificar se o frete compensa - um produto que custa R$ 50, mas precisa de R$ 40 para ser entregue, por exemplo, pode não ser a melhor alternativa.

Como visto, aos poucos, os brasileiros, que antes desconfiavam da Black Friday, começam a se interessar pelo evento. Este ano, por conta das experiências de compras on-line feitas na pandemia, a expectativa é que as vendas também reflitam isso. Apesar do otimismo, é importante que os consumidores fiquem atentos, porque golpes ainda podem acontecer.

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